terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Saudações you there,

esse post parece encaixar-se perfeitamente na categoria dos mais interessantes. Noite, céu até que estrelado, e sei disso pois escrevo agora no caderno ‘Fantastic 4’ do meu irmão, MADE IN BRAZIL, diretamente da varanda daqui de casa. Zero de hormônios de sono, pra quem acordou às 3 da tarde e foi dormir às 4:45 da manhã. Bastante vontade de escrever, ou ao menos lançar palavras a esmo. Tudo isso acrescido de uma lareira e uma xícara de café seria cena de algum filme undergound sobre um escritor falido ou em crise existencial, quem sabe Bill Murray, em ‘Broken Flowers’, mas uma BIC, meu copo de limonada e a poltrona da varanda já me bastam. Gosh ! Como eu gosto dessa poltrona ! Agora ela tem dois arranhões no braço eaquerdo, por onde eu arranco pedaços do tecido e jogo,todos amassados, aos pés da coluna na parede.

Paredes cor de salmão agora. Interior da casa,que costumava ser de um branco cor de gelo, agora é de um amarelo claro e rodapés pretos. Eu gostei disso, do amarelo e preto, não que se assemelhe à faixas de pedestre no asfalto. Sempre encontro a casa diferente. Um cômodo a mais, uma parede a menos, sempre algo muda entre os intervalos regulares que não passo por aqui, delimitados entre as férias de dezembro e um feriado em abril, e as férias de junho e um feriado em setembro. Na verdade, acho que a cidade no todo sempre muda, uma metamorfose frenética que mesmo assim não burla a velocidade da evolução numa cidade interiorana. Comigo é sempre a mesma coisa na chegada: um torpor de um sentimento que mistura frustração e alegria e um bombardeio de lembranças que chegam no ritmo do frenesi do que e de quem vejo pela janela do carro. Os rostos conhecidos, esses parecem surgir numa velocidade surpreendente na minha frente, como se aquele garoto estivesse ali pra me lembrar da briga na primeira série, ou aquela garota,que eu conhecia morena, aparecesse loira pra me lembrar daquela outra, dos meus tempos de batista. É divertido. É irônico. É nostálgico.

Olho agora em direção às arvores de jambo da casa da vizinha, que forma um coração com suas copas. Floriza, o nome da vizinha, esposa de Monteirinho, mãe de Evaldinho e Mitza. Engraçado cada nome que aparece (vide Peleba). As arvores sempre foram assim. E não parecem mudar, assim como o telhado da casa da esquina que eu sempre acho torto, com jeito de ‘cai não cai’, uma torre de Pisa. Voltando ao quesito arquitetura/engenharia, eu sempre quis que meus avós construíssem uma piscina na área do jardim. tem uma espaço legaaal, mas minha idéia nunca foi levada a sério. Quem sabe por que nela havia uma ponte que passava acima da água e ligava os portões ao terraço. Não seria bom arquiteto. Tudo resultaria em obras futurísticas,Tipo ‘Jornada nas Estrelas’. Quem sabe após algumas décadas em tanques de criogenia minhas idéias seriam melhor recebidas ;D . E após alguns milhões gastos em cursos de desenho,claro.

Minha limonada acaba, um grilo MONSTRO, tamanho extra grande, bate na minha cabeça e meu pé direito fica dormente. não que eu escreva com os pés, apenas estou com ele apoiado de mal jeito. Assistirei ’21 grams’ e tentarei dormir cedo, visando acordar cedo e postar tudo isso tão boring que eu formei com letras rabiscadas até o fim da folha...

Chico Carades.

P.S.: Sem deixa de saudar, é claro, Polialiah.

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