terça-feira, 8 de janeiro de 2008

provavelmente o primeiro post relacionado ao cinema (~)

'The Invisible' tinha tudo pra ser um filminho apelativo, mais um esquecido entre as fileiras de clichês adolescentes nas prateletiras das locadoras e motivo de crítica na minha mente pseudo-crítica, de quem julga poder comentar sobre Woody Allen só tendo visto um punhado de filmes. não deixou de ser um anto previsível, ou quem sabe minha mente de policial, treinada durante anos pelos romances de Sidney Sheldon e Sir Arthur Connan Doyle tenha descoberto o final sem tantos mistérios e rodeios. o fato é que 'The Invisible' não chegou a ser sucesso de bilheteria, e nem vai ficar famoso agora, mas algo me encantou na sensação de ser um zero à esquerda.

todos tem desses momentos, não um dia de cão, mas quando parece que as ações, por mais pensadas e (re)pensadas que sejam, vão apenas se acumular ao lado de tantas outras frustações. sensação de ser um zero à esquerda. ninguém se importa, ninguem percebe.vagando, e aquele olhar vazio não pede socorro. e mesmo se pedisse, who cares? desde que os gatos caiam de pé e a cafeína não acabe na sala do escritório tudo tá em perfeita sintonia. fock off serra leoa, paquistão e rocinha.

imagine que em meio à todo esse vazio ainda se misturem segredos, que você tem na palma da mão. é uma caixa de Pandora observar o íntimo daqueles que você só percebe por olhares trocados no fim do corredor. é como se um alerta de 'chega de camuflagem' piscasse insistentemente na cabeça de todos. e você pode descobrir tudo que está sob a superficie (superfluo).

admito que não sei por que vim escrever sobre um único filme, quando tantos outros bombardeiam minha mente com cenas clássicas, marcantes mesmo. mas é que a sensação de inutilidade e fragilidade da mente de uns tantos outros apareceu tão ben retratada nesse filme que me deixou um ar de..um ar de..de frustação em relação à como somos vulneráveis,e só.

'sem destino,nem objetivos, nós estamos vivos e isso é tudo, é sobretudo a lei, dessa infinita highway (8)

Um comentário:

Polyana Muniz disse...

Me dá um autógrafo?
;*