Era noite, e foi por acidente, resultante não somente da desorganização daquele quarto, mas da falta de coordenação motora do dono do quarto, que agora acreditava no que ouvia quando tinha lá pelos seus 12 anos: “Quando você for adolescente, vai ter a impressão de que seus braços e pernas são enormes, mas isso é apenas uma ilusão, já que você vai crescer muito rápido...olha só como você já cresceu!”. Nem mesmo ele sabia o que procurava, estava ligado a tudo, e nada. Quando por acidente, repito, ele tocou na superfície daquele espelho e ela começou a se movimentar, foi o escape perfeito que sua mente precisava pra se desligar, puxar o cabo da tomada. E as ondas continuaram, suaves e contínuas, como as formadas por uma pedra atirada que rompe a calmaria de um lago. Tocou-as, e o líquido, imiscível à primeira vista, pareceu aderir em seus dedos. E os dedos, primeiro o indicador, atento, depois todos os outros quatro... A mão, o braço, transpuseram tal mar de fantasia. Quando dizem que em situações surreais a mente fica isolada do mundo ao redor, ele achou ser a mais pura verdade, pois não pensava nos livros que podiam ser tão parecidos, não pensava que podia ali encontrar Alice, que viveu aventura semelhante na obra de Lewis Carroll, não pensava em nada, droga, nada.
Ora, ele estava agora no Mundo dos Espelhos? Mundo dos alucinógenos? No Limbo, ou algo assim? Riu. Riu consigo mesmo, riu pelo mundo, riu da cara de todos os escritores que tentaram em vão imaginar como seria uma experiência assim, e ele agora, ali. Tomou nota mentalmente: do outro lado do espelho não há um mundo mágico, não habitam pequenos seres mágicos, nem mesmo é um lugar bonito! Tudo era vago, um falso vácuo. Uma grande esfera cinzenta e oca. Só não acreditava ter ido parar em algo semelhante ao hiper-espaço pelo fato de ter conseguido ouvir sua própria voz quando gritou um OLÁ, ainda entre risos. E quando tais risos cessaram, ele sentiu medo. Um calafrio. Sibilou em pensamento quão agonizante seria ficar preso ali, ouvindo a própria voz em ecos infinitos, até ir à loucura, até ficar demente. E, não obstante ao medo que já sentia pela situação real que parecia exalar perigo, assustou-se com o irreal, que já não era tão distante, já que naquele lugar ele não se surpreenderia se começasse a ouvir o rugido de um leão...mas não, ele REALMENTE estava ouvindo o rugido de um leão! E antes que o susto lhe disparasse o coração e fizesse saltar as têmporas, ele viu, como que se saindo de dentro dele, o espectro de um leão, amarelo-alaranjado e onipotente. Tombou, antes que visse marcadas no couro do animal, em letras marrons e, por incrível que pareça (se é que algo ainda podia tornar-se mais inimaginável...), em negrito, a palavra CORAGEM. Numa fração de segundos, do mesmo modo que o leão pareceu sair de ser corpo, materializou-se à poucos metros uma lebre com a palavra MEDO, que fugia assustada em sua direção, e do mesmo modo, entrou em seu corpo.
Pirou, essa é a palavra. Pirou o cabeção. Pensamentos à mil: vida, morte, conhecidos, canções, religião, caráter, sol, início e fim...e num momento haviam dezenas de animais com um ar calmo, quase humano, vindo e saindo de sua direção. Sentia-se esperto, e uma vistosa raposa grifada com letras garrafais de ASTÚCIA entrou sorrateira em seu corpo, expulsando um lento caracol verde-musgo. E quando achou graça do conjunto, daquele alvoroço, foi a vez de uma foca com uma bola no nariz listrada com as letras de ALEGRIA aparecer (naquela cena, só a bola lhe pareceu fora do contexto). Choviam sentimentos naqueles segundos, minutos que se passavam. Quando achou-se no controle de novo, e sentiu-se anestesiado por tudo aquilo, achou que Darwin iria adorar ter visto o macaco da IRONIA, que fingia imitar um homem, sob as duas patas. Vai que Darwin também já esteve aqui antes de elaborar a Teoria da Evolucionista...
- Então é assim que o homem funciona - analisou. – Nada de hormônios que definem a TPM das mulheres, o estresse matinal masculino... é tudo um jogo, uma batalha teatral entre opostos, ligados. Tudo aparecia em pares polares. Norte-Sul, Leste-Oeste, Bonito e Feio. A coragem e o medo, a astúcia e a lentidão, a sagacidade e a mediocridade. Era tudo um grande YNG-YANG. Fez-se rei.
- E onde está a tua rainha? – Berrou uma coruja que lia um livro de bolso chamado RAZÃO. E foi como uma flecha (naquele mundo não havia cupidos, mas a persuasão emocional deles era ótima). Pensou nela, em uma só, uma musa. A sua musa. E não parou de pensar nela, naquela...até rimou um poema. Devia ser algum tipo de bônus daquele passeio: “Venha entediado, saia apaixonado”. A equipe de marketing devia ser realmente eficiente!
Então fez-se aparecer, imponente, um animal que até então estava desaparecido entre os outros. Uma grande ave, que fez os outros se calarem momentaneamente. Era o AMOR. E no rabo da ave, na ponta do rabo, pequenas letras formando ÓDIO. Não o ódio propriamente dito, dava pra julgar pelo tamanho minimizado do sentimento, mas o ódio passageiro, que como aquela pequena palavra diante do tamanho do pássaro, não é dominante, mas existe. É isso que as pessoas não entendem. Só de coragem morrem os corajosos, que se arriscam sem medir as conseqüências, e para isso aparece um pouco de medo em frente à algumas situações, servindo como um moderador. E algumas vezes o macaco da DIVERSÃO derruba o livro da RAZÃO da coruja, e faz mil graças. E os casais apaixonados brigam, sem perceber que aquele é o mais difícil dos jogos, um jogo de equilíbrio entre todas as sensações.
Puxado, saiu não sabe por onde, não se sabe por quê, ele voltou. Caiu de costas no carpete do quarto, limpo. Imutável. Pegou o celular, discou e deixou chamar 8 vezes. Era noite, ele se sentia poderoso. Podia dominar o mundo, podia imperar e ser humilde, e seus inimigos, olhando aquele personagem forte (quase mítico), não saberiam que calcanhar de Aquiles, inegavelmente, era do lado esquerdo do peito. Ele tinha que falar com ela, por isso tornou a discar o número mais uma vez...
_______________________________
Campeões, não me senti disposto a escrever algo que transdordasse mais sentimentalismo nesse dia. Feliz dia dos Namorados, é uma ótima data. :*
quinta-feira, 12 de junho de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
Tenho uma opinião bem singela sobre a poesia. Acho linda a disposição das palavras de quem sabe lidar com as mesmas, um eu-poético por natureza. O que acontece é que eu vejo da seguinte forma: quando lemos uma poeisa de um GÊNIO, autores eternos (entre meus prediletos, José Saramango e Álvares de Azevedo) vemos que toda aquela obra é pra sempre, tem um ar de poesia mesmo, mas quando lemos uma poesia de 'pessoas comuns' (eu, você), por melhor que seja, eu sempre penso 'é, uma boa , mas não algo genial'. Talvez seja por isso que eu não me arrisco com tanta frequência nesse mundo de metáforas.
Mas, em digna homenagem aos momentos que me aventurei, exponho duas. Uma 'romanticamente triste' e uma 'supostamente feliz'. Um Curinga.
Te quiero com lemón
Xícaras de cafeína com marcas de batom
Da boca que não provei um 'adeus'
À belprazer, não chego a ver
Pois com o fim da madrugada
Vão-se as gotas d'orvalho dos ventos meus
Vai-se você
Peno em acordar
Travo guerras e batalhas
Melho paralisar
A cair no mundo sem asas
Decido-me: não levantarei
Anseio por esperar
Quando sorrateira adentrará em meu quarto
Com as chaves que eu mesmo lhe dei
Chaves elas, que por magia só parecem funcionar
Ao escurecer
Não destrancando portas durante o dia
Só a do meu coração
Essa, eternizar-se-á límpida
Figurante em noites escuras
Como as gotas d'orvalho
Maré do tempo
Vamos todos poetizar!
Emaranhar frases no ar
Misóginas palavras dizer
Pouco a ganhar, mas nada a perder
Temos vida, temos história
Ações espertas e estúpidas
Olhares fugazes e lágrimas à pino
Tudo na mente, horror e bonança
Ora, todos não temos nosso livro de lembranças?
No passado mofado
Um aspirador de lembranças
Relembrar o que marcou
(Torpor que percorre quem sou)
Associar alguém à um mágico momento
Mandar-lhe beijos ao vento
O presente proferir em eterna descrição
A na boca narrativa, um sorriso em ascensão
Os pés formigando, mente em profusão
À mil por hora, correr na contramão
Vislumbrar rostos céticos na rua
Tocar a face da lua
O futuro, uma seqüência
Que virará presente, virará passado
Válvula de escape, nossa fuga fugaz
Com olhos brincalhões esperar o melhor
Com mãos apresadas peseguir nossos insights
Antes que o despertador toque e percamos o bom humor
Humor dos sonhos, onde o que queremos, somos
A família modelo, promoção no emprego
E, se porventura nada der certo
Virar charlatão com filosofia de boteco!
As outras (pior: existem outras) continuam reservadas à sete chaves em um arquivo-fantasma. :*
Mas, em digna homenagem aos momentos que me aventurei, exponho duas. Uma 'romanticamente triste' e uma 'supostamente feliz'. Um Curinga.
Te quiero com lemón
Xícaras de cafeína com marcas de batom
Da boca que não provei um 'adeus'
À belprazer, não chego a ver
Pois com o fim da madrugada
Vão-se as gotas d'orvalho dos ventos meus
Vai-se você
Peno em acordar
Travo guerras e batalhas
Melho paralisar
A cair no mundo sem asas
Decido-me: não levantarei
Anseio por esperar
Quando sorrateira adentrará em meu quarto
Com as chaves que eu mesmo lhe dei
Chaves elas, que por magia só parecem funcionar
Ao escurecer
Não destrancando portas durante o dia
Só a do meu coração
Essa, eternizar-se-á límpida
Figurante em noites escuras
Como as gotas d'orvalho
Maré do tempo
Vamos todos poetizar!
Emaranhar frases no ar
Misóginas palavras dizer
Pouco a ganhar, mas nada a perder
Temos vida, temos história
Ações espertas e estúpidas
Olhares fugazes e lágrimas à pino
Tudo na mente, horror e bonança
Ora, todos não temos nosso livro de lembranças?
No passado mofado
Um aspirador de lembranças
Relembrar o que marcou
(Torpor que percorre quem sou)
Associar alguém à um mágico momento
Mandar-lhe beijos ao vento
O presente proferir em eterna descrição
A na boca narrativa, um sorriso em ascensão
Os pés formigando, mente em profusão
À mil por hora, correr na contramão
Vislumbrar rostos céticos na rua
Tocar a face da lua
O futuro, uma seqüência
Que virará presente, virará passado
Válvula de escape, nossa fuga fugaz
Com olhos brincalhões esperar o melhor
Com mãos apresadas peseguir nossos insights
Antes que o despertador toque e percamos o bom humor
Humor dos sonhos, onde o que queremos, somos
A família modelo, promoção no emprego
E, se porventura nada der certo
Virar charlatão com filosofia de boteco!
As outras (pior: existem outras) continuam reservadas à sete chaves em um arquivo-fantasma. :*
terça-feira, 29 de abril de 2008
Teoria romântica da físico-quântica
Faíscas. Estática. Tudo começa nesse ponto, quando os olhares apressados de dois corpos de massa ‘M’ e velocidade m/s que se cruzam. É como se a inércia fosse automaticamente forçada, e os corpos estancassem. O tempo pára, como param os dançarinos num tango frenético quando a mais bela das mujeres entra no salão com castanholas em punho.
Quando os corpos se chocam o estrago é ainda maior. O turbilhão de sentimentos elétricos percorre toda a extensão do corpo. O simples tocar de mãos gera isso. Não é como as trombadas entre as moléculas dos gases perfeitos, é mais uma troca de energia mesmo. Troca de temperatura. Como que aquecidas pelo calor sensível do contato (quem sabe latente, em casos mais severos onde parecemos ir às nuvens!), as bochechas enrubescem. São os sentimentos dela pros dele, dele pros dela, até alcançar o equilíbrio. Adicione isso as ondas compreendidas entre 20 e 20.000 mega-heartz que saem da boca do outro e chegam à nossos ouvidos como a mais bela das sinfonias, carregadas de palavras e expressões piegas, mas detentoras de uma simplicidade arrebatadora que parecem controlar a mecânica de nossos corpos. Sangue ferve, aquece, aquece, aquece...o coração, uma máquina de milhares de cavalos de potência funcionando à todo vapor !
BOOM, você está apaixonado, campeão! :) Derrubando princípios e teoremas, não há como provar isso. Você sente. Só.Ah, e não podemos esquecer que isso não é medido em btus, watts, joules... é grandeza sem medida. Quem sabe por isso que tantas vezes acaba sem raiz (e convenhamos, nada é pior do que um problema sem raiz): enquanto pra um é grandeza diretamente proporcional, que cresce mais e mais de acordo com carinhos e mimos, pro outro é inversamente proporcional ao mesmo exemplo, diminuindo com isso, que se torna sufocante. Voltando às equações, um relacionamento é extremamente difícil de ser transformado em números pela complexidade dos membros envolvidos. Humanos não são tão simples quanto parecem, ainda mais quando a personalidade altera como o gráfico de uma parábola. Pior: o próprio romance faz isso, jogando nosso humor de cima pra baixo como um gato arisco que brinca com um novelo de lã.
Ao passo que os problemas aparecem, nós damos uma de Einstein, Newton, Clay-Peron, e tentamos desesperadamente solucionar o NOSSO problema. Inventamos fórmulas, agimos em razão do nosso bem maior, e em um digno ÀS VEZES, conseguimos (em outras, achamos melhor nem tentar). Tudo pode ficar estável. Uma bomba estável, na qual confundimos o tic-tac com batidas do coração. Sempre é uma bomba, e todos somos camicazes românticos :)
Por fim, não esquecemos que energia não é criada, é apenas modificada, transferida. Aquele amor que ali estava, quando some, não morreu, campeões! Ele apenas passou pra outra pessoa. E nessa transição, o que ainda conserva um pouco do amor-energia não transferido, bem, esse sofre não como na física, na matemática, na química, que são racionais. Esse sofre como na literatura, um trovador ou pré-romântico, que é só saudade. :)
Quando os corpos se chocam o estrago é ainda maior. O turbilhão de sentimentos elétricos percorre toda a extensão do corpo. O simples tocar de mãos gera isso. Não é como as trombadas entre as moléculas dos gases perfeitos, é mais uma troca de energia mesmo. Troca de temperatura. Como que aquecidas pelo calor sensível do contato (quem sabe latente, em casos mais severos onde parecemos ir às nuvens!), as bochechas enrubescem. São os sentimentos dela pros dele, dele pros dela, até alcançar o equilíbrio. Adicione isso as ondas compreendidas entre 20 e 20.000 mega-heartz que saem da boca do outro e chegam à nossos ouvidos como a mais bela das sinfonias, carregadas de palavras e expressões piegas, mas detentoras de uma simplicidade arrebatadora que parecem controlar a mecânica de nossos corpos. Sangue ferve, aquece, aquece, aquece...o coração, uma máquina de milhares de cavalos de potência funcionando à todo vapor !
BOOM, você está apaixonado, campeão! :) Derrubando princípios e teoremas, não há como provar isso. Você sente. Só.Ah, e não podemos esquecer que isso não é medido em btus, watts, joules... é grandeza sem medida. Quem sabe por isso que tantas vezes acaba sem raiz (e convenhamos, nada é pior do que um problema sem raiz): enquanto pra um é grandeza diretamente proporcional, que cresce mais e mais de acordo com carinhos e mimos, pro outro é inversamente proporcional ao mesmo exemplo, diminuindo com isso, que se torna sufocante. Voltando às equações, um relacionamento é extremamente difícil de ser transformado em números pela complexidade dos membros envolvidos. Humanos não são tão simples quanto parecem, ainda mais quando a personalidade altera como o gráfico de uma parábola. Pior: o próprio romance faz isso, jogando nosso humor de cima pra baixo como um gato arisco que brinca com um novelo de lã.
Ao passo que os problemas aparecem, nós damos uma de Einstein, Newton, Clay-Peron, e tentamos desesperadamente solucionar o NOSSO problema. Inventamos fórmulas, agimos em razão do nosso bem maior, e em um digno ÀS VEZES, conseguimos (em outras, achamos melhor nem tentar). Tudo pode ficar estável. Uma bomba estável, na qual confundimos o tic-tac com batidas do coração. Sempre é uma bomba, e todos somos camicazes românticos :)
Por fim, não esquecemos que energia não é criada, é apenas modificada, transferida. Aquele amor que ali estava, quando some, não morreu, campeões! Ele apenas passou pra outra pessoa. E nessa transição, o que ainda conserva um pouco do amor-energia não transferido, bem, esse sofre não como na física, na matemática, na química, que são racionais. Esse sofre como na literatura, um trovador ou pré-romântico, que é só saudade. :)
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Vertical,
Primeiro vem a baforada de vento no rosto, expressivo, na maioria. Vento frio, do norte, ou em rajadas mornas e suaves, como que arrancado do litoral caribenho. Quem sabe até, carregado de folhas secas do outono, que colam aos lábios antes que os mesmos se fechem pelos poucos segundos seguintes. Logo depois, o salto.
Nesse ponto é onde o chão parece abrir sob nossos pés, e afundamos sem pesar, pesando como elefantes. Como gosto das bolhas! Aquelas, subsequentes à nossa entrada na água, que passam ligeiras por nossa pele. São alguns poucos segundos, encantadores. Sim, sejamos poéticos!
Os pés tocam o chão, ou não. O corpo, não mais leve, retorna à superfície. Raios ultravioletas sem dó.Enche-se os pulmões de ar, como um recém-nascido que respira pela primeira vez. Torturante, quando a magia se perde. O calor vem com uma força surpreendente e nos sentimos aquecidos de novo. Os braços se movem, direito, esquerdo, direito, eaquerdo, direito, esquerdo, num esquema já conhecido e como se elaborado por generais para com suas tropas de batalha. Todo o corpo se move, perfeita sincronia. E o riso, mesmo que escondido entre lábios e dentes, é inevitável. Riso de satisfação. Riso de libertação. Riso.
Deixemos o ceticismo de lado. Não é somente um salto na água. É nosso momento de emancipação por alguns segundos, ouvindo o 'nada' e de olhos bem fechados, abaixo da tênue linha que separa um universo de outro, onde não somos líderes, somos, apenas, seres flutuantes que esquecem de tudo entre moléculas de H²O.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Chegamos à faculdade. Meu tio havia esquecido uns papéis dos quais precisaria, logo, tivera que ir pegar. Acompanhei-o. Ao entrarmos na sala, encontramos as estagiárias da CPD (vide Central de Processamento de dados) reunidas em semi-círculo, fisuradas em um livro que mostrava-se aberto acima da mesa, entre cafés e celulares. 'Boa tarde' foi distribuído como de costume, e então pude ver as letras em azul-turquesa que destacavam-se na capa:
- COMO MONTAR UMA ONG -
Os devidos comentários não foram feitos, surgiram resumidos em uma única pergunta:
- Montar uma ONG? Em prol de quais motivos?
- Ah professor, ONGs dão dinheiro, pelas arrecadações.
Risos ou rugas de decepção foram escondidos. Com essas palavras, exatamente essas, foi tecida a resposta da que parecia ser a chefe do grupo.
É natural do homem a força de vontade para lutar pelo que lhe interessa. Os Neandhertais lutavam pela caça, por viver cada dia entre seres que mediam o sextúplo de seus tamanhos. Lutas entre nações não faltaram. No mundo contemporâneo, os dinossauros são o próprio homem, com egos amaciados e uma fúria ensandecida. Não precisamos de espadas e escudos, e temos hoje a oportunidade de lutar por ideais abstratos. Fundar uma ONG, um orfanato, um escola à crianças carentes são resultantes da força de alguém. Mentes fortes. Conseguir chegar ao cargo de maior calão da empresa também. Popularizar-se mundo afora, idem. O que digo é que somos sonhadores por natureza, tá nos genes espiralados, tá à um palmo dos nossos olhos. Homem sonha, homem perde, homem ganha. Falemos de sonhos, não propriamente ditos, apenas, outra palavra para desejos e ambições. Por quê usá-la ? Porquê ninguém gosta de admitir que quer ter algo que só conseguirá esforçando-se e mesmo assim ainda corre o risco de falhar. Ao passo que sonhamos, temos medo. Medo que tal qual uma erva daninha consome pouco à pouco, domina. Reina, e no fundo do poço de nossas mentes e anseios não há uma mola.
Lutemos por tudo que, entre estímulos nervoços e negações, ainda mostra-se atraente. O imã para nossas cabeças metálicas. Mas convenhamos, lutar pelo rídiculo SUCKS. Tudo bem, tudo bem, o que me parece rídiculo pode ser o pote de ouro de alguém, porém, não é social esperar pela diminuição da potência de fábricas automobilísticas em Michigan quando isso move a econômia do estado. As ONG's são sim uma forma materializada dos ideais de uma parcela de pessoas, e praticamente, em suma, vão contra ideais econômicos do nosso mundinho atual, mas não é por isso que vamos sair defendendo as borboletas que são caçadas durante a primavera nos campos turcos. Apenas para exemplificação.
Lutemos, com riscos calculados de nossos devaneios. 5 garotas, elas eram. Mulheres, com olhar profundo que esconde um imenso poder. Olhar que imagino em Joana Dar'c. Contudo, após ouvir as palavras que proferiram, aquelas garotas se tornaram detentoras não de um olhar poderoso e vencedor, mas vago, sem razões que transpusessem as barreiras do racionalismo. Tornaram-se comuns demais, e convenhamos, nada é mais humilhante que ser uma sombra de pensamentos frustrados.
- COMO MONTAR UMA ONG -
Os devidos comentários não foram feitos, surgiram resumidos em uma única pergunta:
- Montar uma ONG? Em prol de quais motivos?
- Ah professor, ONGs dão dinheiro, pelas arrecadações.
Risos ou rugas de decepção foram escondidos. Com essas palavras, exatamente essas, foi tecida a resposta da que parecia ser a chefe do grupo.
É natural do homem a força de vontade para lutar pelo que lhe interessa. Os Neandhertais lutavam pela caça, por viver cada dia entre seres que mediam o sextúplo de seus tamanhos. Lutas entre nações não faltaram. No mundo contemporâneo, os dinossauros são o próprio homem, com egos amaciados e uma fúria ensandecida. Não precisamos de espadas e escudos, e temos hoje a oportunidade de lutar por ideais abstratos. Fundar uma ONG, um orfanato, um escola à crianças carentes são resultantes da força de alguém. Mentes fortes. Conseguir chegar ao cargo de maior calão da empresa também. Popularizar-se mundo afora, idem. O que digo é que somos sonhadores por natureza, tá nos genes espiralados, tá à um palmo dos nossos olhos. Homem sonha, homem perde, homem ganha. Falemos de sonhos, não propriamente ditos, apenas, outra palavra para desejos e ambições. Por quê usá-la ? Porquê ninguém gosta de admitir que quer ter algo que só conseguirá esforçando-se e mesmo assim ainda corre o risco de falhar. Ao passo que sonhamos, temos medo. Medo que tal qual uma erva daninha consome pouco à pouco, domina. Reina, e no fundo do poço de nossas mentes e anseios não há uma mola.
Lutemos por tudo que, entre estímulos nervoços e negações, ainda mostra-se atraente. O imã para nossas cabeças metálicas. Mas convenhamos, lutar pelo rídiculo SUCKS. Tudo bem, tudo bem, o que me parece rídiculo pode ser o pote de ouro de alguém, porém, não é social esperar pela diminuição da potência de fábricas automobilísticas em Michigan quando isso move a econômia do estado. As ONG's são sim uma forma materializada dos ideais de uma parcela de pessoas, e praticamente, em suma, vão contra ideais econômicos do nosso mundinho atual, mas não é por isso que vamos sair defendendo as borboletas que são caçadas durante a primavera nos campos turcos. Apenas para exemplificação.
Lutemos, com riscos calculados de nossos devaneios. 5 garotas, elas eram. Mulheres, com olhar profundo que esconde um imenso poder. Olhar que imagino em Joana Dar'c. Contudo, após ouvir as palavras que proferiram, aquelas garotas se tornaram detentoras não de um olhar poderoso e vencedor, mas vago, sem razões que transpusessem as barreiras do racionalismo. Tornaram-se comuns demais, e convenhamos, nada é mais humilhante que ser uma sombra de pensamentos frustrados.
sábado, 19 de janeiro de 2008
Teorias chico-freudianas,
Daquele jeito bem underground.
Pelas batidinhas de piano (que chego a considerar techno, uma vez ou outra) dá pra reconhecer uma música de Coldplay. Ou pelos solos de harmônica que já consolidaram-se como marca registrada das (belas, deveras belas!) canções de Engenheiros do Hawaii. É o jeito singular que cada um possui, define para si. Conseguir sair do anonimato, ter um mínimo de reconhecimento depende de encontrar e tornar marcante essa peculiaridade.
Não é algo que possa ser forçado, um sorriso amarelado, o elogio luxuoso, pois o modo de cantar, fotografar..ou seja lá o que pretendemos fazer já está incrustado em nossas mentes, logo, flui naturalmente. E nem é algo que possa deve ser enquadrado em padrões. Direcionando o foco para a escrita, lendo umas duas ou três obras de alguém já mostra-se suficiente para identificar um 'estilo' característico, seja por uma palavra empregada periodicamente ou um uso expressivo (e demasiado) de metáforas. Sou um eterno fã enamorado de metáforas. Presto deveras atenção nisso, é como meu passatempo inserido dentro do passatempo da leitura.
Individualidade, essa é a questão. Chovem escritores, bandas, atletas. Um toque do seu diferencial é o que realmente conta. Não adianta ser só mais um na grande massa, e quando digo 'grande massa' me refiro à uma grande parcela da população que vive no mundinho mono. Monocromático. Monoesteticista. Monoestilístico. Iguais, e isso basta.
Um toque de personalidade. É isso que falta. Mas, defina personalidade. Já virou palavra estereotipada hoje. Ter personalidade, desde quando relembro meus conhecimentos sobre essa palavra, remota à estilos musicais, moda.. artes ? Por qual razão um conceito que pode dizer tanto sobre uma pessoa acaba por ser definidio por.. gostos ? Como dizer que alguém tem personalidade sem taxá-lo com algo banalizado ? É obreigatório isso ? Tem contrado assinado ? Recebe-se em euros ?
Personas, personalidade é diferente de estilo. Dessa mistura conceitual é que descende o problema. Sem olhar ao dicionário, acredito que personalidade possa ter relação com caráter, já que os princípios do ser podem influenciar um pouco mais que saber se o mesmo ouve bandas indies ou curte cinema europeu.
'Seria mais fácil, fazer como todo mundo faz
Caminho mais curto, produto que rende mais
[...]
Mas nós, dançamos no silêncio
Choramos no carnaval
Não vemos graça nas gracinhas da TV
morremos de rir no horário eleitoral'
Outras Frequências - Engenheiros do Hawaii
Pelas batidinhas de piano (que chego a considerar techno, uma vez ou outra) dá pra reconhecer uma música de Coldplay. Ou pelos solos de harmônica que já consolidaram-se como marca registrada das (belas, deveras belas!) canções de Engenheiros do Hawaii. É o jeito singular que cada um possui, define para si. Conseguir sair do anonimato, ter um mínimo de reconhecimento depende de encontrar e tornar marcante essa peculiaridade.
Não é algo que possa ser forçado, um sorriso amarelado, o elogio luxuoso, pois o modo de cantar, fotografar..ou seja lá o que pretendemos fazer já está incrustado em nossas mentes, logo, flui naturalmente. E nem é algo que possa deve ser enquadrado em padrões. Direcionando o foco para a escrita, lendo umas duas ou três obras de alguém já mostra-se suficiente para identificar um 'estilo' característico, seja por uma palavra empregada periodicamente ou um uso expressivo (e demasiado) de metáforas. Sou um eterno fã enamorado de metáforas. Presto deveras atenção nisso, é como meu passatempo inserido dentro do passatempo da leitura.
Individualidade, essa é a questão. Chovem escritores, bandas, atletas. Um toque do seu diferencial é o que realmente conta. Não adianta ser só mais um na grande massa, e quando digo 'grande massa' me refiro à uma grande parcela da população que vive no mundinho mono. Monocromático. Monoesteticista. Monoestilístico. Iguais, e isso basta.
Um toque de personalidade. É isso que falta. Mas, defina personalidade. Já virou palavra estereotipada hoje. Ter personalidade, desde quando relembro meus conhecimentos sobre essa palavra, remota à estilos musicais, moda.. artes ? Por qual razão um conceito que pode dizer tanto sobre uma pessoa acaba por ser definidio por.. gostos ? Como dizer que alguém tem personalidade sem taxá-lo com algo banalizado ? É obreigatório isso ? Tem contrado assinado ? Recebe-se em euros ?
Personas, personalidade é diferente de estilo. Dessa mistura conceitual é que descende o problema. Sem olhar ao dicionário, acredito que personalidade possa ter relação com caráter, já que os princípios do ser podem influenciar um pouco mais que saber se o mesmo ouve bandas indies ou curte cinema europeu.
'Seria mais fácil, fazer como todo mundo faz
Caminho mais curto, produto que rende mais
[...]
Mas nós, dançamos no silêncio
Choramos no carnaval
Não vemos graça nas gracinhas da TV
morremos de rir no horário eleitoral'
Outras Frequências - Engenheiros do Hawaii
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
no vacancy !
Nossos corações, ou uma parte de nossas mentes ainda não explorada pela ciência que exala uma necessidade de atenção (use o termo que preferir, o primeiro está banalizado, e o segundo é perjorativo), bem, são como um amplo cômodo. Inicialmente vazio, um grande espaço vago e desprovido de detalhes.
Caso você tenha somente um alguém que lhe dá taquicardia, um único romance, o cômodo será totalitariamente ocupado por esse. Quando for comprar uma poltrona, procurará a que mais se adequa ao gosto do hóspede. Procurará também aquela cortina que combina. Caso não seja do gosto do mesmo verde-musgo, então não será verde-musgo. Como só há uma pessoa em todo o local, será necessário uma maior atenção e cuidado para uma convivência pacífica e saudável, pro bem-estar da relação. Ora, nenhum dono quer seus domínios sujos,mal-cuidados, deixados de lado.
Entretando, como tantos outros cômodos de casas, apartamentos, casebres, pode ser dividido. Isso seria quando você sente aquele encanto inevitável por mais de um 'certo alguém'. Nesse caso, os lugares são de menor porte, logo, podem ser bem valorizados com menos atenção e esmeros. Cuidados racionalizados. Os hóspedes desse tipo preferem assim. Corações turistas, aquele que viaja de hospedagem em hospedagem com frequência. Nômades. Acomodados.
Acima da porta de entrada da minha estalagem tem uma plaquinha escrita 'Não há vagas'. Não é que esteja ocupado, é só que o quero vazio por uns tempos.
Caso você tenha somente um alguém que lhe dá taquicardia, um único romance, o cômodo será totalitariamente ocupado por esse. Quando for comprar uma poltrona, procurará a que mais se adequa ao gosto do hóspede. Procurará também aquela cortina que combina. Caso não seja do gosto do mesmo verde-musgo, então não será verde-musgo. Como só há uma pessoa em todo o local, será necessário uma maior atenção e cuidado para uma convivência pacífica e saudável, pro bem-estar da relação. Ora, nenhum dono quer seus domínios sujos,mal-cuidados, deixados de lado.
Entretando, como tantos outros cômodos de casas, apartamentos, casebres, pode ser dividido. Isso seria quando você sente aquele encanto inevitável por mais de um 'certo alguém'. Nesse caso, os lugares são de menor porte, logo, podem ser bem valorizados com menos atenção e esmeros. Cuidados racionalizados. Os hóspedes desse tipo preferem assim. Corações turistas, aquele que viaja de hospedagem em hospedagem com frequência. Nômades. Acomodados.
Acima da porta de entrada da minha estalagem tem uma plaquinha escrita 'Não há vagas'. Não é que esteja ocupado, é só que o quero vazio por uns tempos.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Click. Qual o mistério por trás das imagens em uma foto preto-e-branco? Fotografar encanta tantos, provavelmente deve ser um dos hobbies mais comuns(eu especialmente ainda prefiro escrever, talvez para desfarçar minha falta de aptidão para enquadrar uma simples paisagem). O verdadeiro sentido de tantos flashs seria congelar momentos de êxtase que não bastam somente estarem confinados em nossas mentes e eternizar rostinhos bonitos de modelos com belezas padronizadas, inflando seus egos à ponto de ocuparem todo um cômodo(e um artigo de seis páginas em uma revista) e destruindo a auto-estima de outros 10.000.
O que ocorre nas fotos preto-e-branco é uma demonstração mais expressiva das sensações passadas na foto. Talvez a ausência de detalhes multi-coloridos direicone o foco para o setimento que tenta recriar o momento original fugindo do papel fotográfico retangular. As imagens mostram-se mais fiéis ao centésimo de segundo. Intensificam a autenticidade sem um ar de hipocresia.
Em um digno entretanto, todas as fotos tem a capacidade de mentir, desde as polaróides. Felicidade instantânea no momento de um flash. Sorrisos amarelados, olhares estáticos longes da realidade, para fazer bem ao ego. Digamos, é de praxe, aceitável. A manchete de um jogo do nosso time que por trás do ar eufórico dos torcedores esconde um furacão de ira e violência que acaba por surgir entre bandeiras ao vento, vitórias e derrotas.

O que ocorre nas fotos preto-e-branco é uma demonstração mais expressiva das sensações passadas na foto. Talvez a ausência de detalhes multi-coloridos direicone o foco para o setimento que tenta recriar o momento original fugindo do papel fotográfico retangular. As imagens mostram-se mais fiéis ao centésimo de segundo. Intensificam a autenticidade sem um ar de hipocresia.
Em um digno entretanto, todas as fotos tem a capacidade de mentir, desde as polaróides. Felicidade instantânea no momento de um flash. Sorrisos amarelados, olhares estáticos longes da realidade, para fazer bem ao ego. Digamos, é de praxe, aceitável. A manchete de um jogo do nosso time que por trás do ar eufórico dos torcedores esconde um furacão de ira e violência que acaba por surgir entre bandeiras ao vento, vitórias e derrotas.

Vestir camisa verde e amarela na copa do mundo pra se vangloriar. Durante os quatro anos seguintes, deixa usar a camisa manchada de violência e os ternos da impunidade.
Eu gosto de fotos preto-e-branco. Também gosto das coloridas. Gosto das pessoas e dos momentos de cumplicidade ao redor de um bolo de aniversário. Click.

domingo, 13 de janeiro de 2008
tramas do sucesso,mundo particular
eu nunca fui de me identificar muito com músicas. havia uma atração pelas letras, claro, mas não me visualizava nas mesmas, não conseguia me encaixar ou achar que algo combinava com meus sentimentos. não sei como tal mudança ocorreu, mas o fato é que devido à um emaranhado de confusões amorosas que acabei sendo protagonista, acabei me afeiçoando à um punhado de músicas.
alguma área em minha massa cinzenta deve ter sido ativada pelo coquetel de palavras e notas musicais que soavam e se misturavam com algumas idéias insanas de um eterno romântico. minha mente inundada por dramas, conquistas e corações partidos de personagens fictícios que vivem aventuras e mais aventuras em cada sílaba, cada verso cantado. as canções servem como uma terapia. algumas vezes podem servir de consolo, uma ajuda tal qual um porto-seguro. outras, podem torturá-lo até os ossos.
e aqueles que são personagens principais de suas histórias e meros figurantes das nossas, o que dizia que Ana Júlia estava com um alguém sem carinho, o que com suas flores fez com que sua amada encontrasse um outro alguém que lhe roubou o seu amor, ou aquele que sinceramente admitiu que da amada só esperava beijos sem paixão, apertos de mão, apenas bons amigos, bem, esses imortalizam-se em nossas mentes e servem de ombro amigo nessas madrugadas com o coração na mão.
alguma área em minha massa cinzenta deve ter sido ativada pelo coquetel de palavras e notas musicais que soavam e se misturavam com algumas idéias insanas de um eterno romântico. minha mente inundada por dramas, conquistas e corações partidos de personagens fictícios que vivem aventuras e mais aventuras em cada sílaba, cada verso cantado. as canções servem como uma terapia. algumas vezes podem servir de consolo, uma ajuda tal qual um porto-seguro. outras, podem torturá-lo até os ossos.
e aqueles que são personagens principais de suas histórias e meros figurantes das nossas, o que dizia que Ana Júlia estava com um alguém sem carinho, o que com suas flores fez com que sua amada encontrasse um outro alguém que lhe roubou o seu amor, ou aquele que sinceramente admitiu que da amada só esperava beijos sem paixão, apertos de mão, apenas bons amigos, bem, esses imortalizam-se em nossas mentes e servem de ombro amigo nessas madrugadas com o coração na mão.
sábado, 12 de janeiro de 2008
visão periférica sentimental,
quando se é criança, digo, pela idade mental e de amadurecimento (haha!), tem muita coisa que a gente diz e acha que não vai mudar. coisas que dizemos não entender, que não vamos fazer assim como os 'adultos', somente por quê NÃO entendemos e vivenciamos nada daquilo, e isso gera uma idéia de individualidade até.
'por quê esses caras se estressam tanto com a demora das mulheres pra se arrumar ? por quê dizem que um relacionamento duradouro é tão complicado de se ter ? por quê diabos a palavra compromisso assusta tanto ?' é inevitável não rir agora, pois EU MESMO fazia todos esses questionamentos, EU não entendia, e hoje, compreendo-os CLARAMENTE. esses e tantos outros.
não sei como os filhos aguentam esperar pelas mães cada vez que precisam sair (quem sabe é por isso que eu sempre quis ser tão independente). talvez as crianças tenham uma leveza e um ar de despreocupação que deixa tudo 'no stress', do contrário, ficariam visivelmente irritadas exatamente como fico. nos relacionamentos tudo se explica comuma boa dose de experiência própria e um punhado de filmes e livros. acho que palavras como 'sempre' não deveriam em hipótese alguma serem usadas durante a adolescência, por quê sim,elas são hipócritas. são palavras,e só. pode até ser bonitinho e ajudar no romance, mas são fakes ;D .todos parecemos dizê-las, e não devemos nos culpar por isso. com o tempo,elas se tornarão verdadeiras...
li que não devemos dar tanta importância aos nossos 'amores' na adolescência, pois é hora de experimentar e se arriscar, pra não errar quando aulto (sim,foi em um livro de auto-ajuda). não é falta de um ar sentimental, romântico até sou, mas toda essa citação sobre namoros adolescentes não foi dita erroneamente. por mais que gostemos de alguém, e até achar que aquilo pode durar, taaaaantas vezes vai ser apenas um namoro adolescente, servindo pra você lembrá-lo quando adulto na piada feita antes da cerimônia de casamento.
sim,todos nós vamos nos tornar portadores dos mesmos hábitos que achávamos estranhos (provavelmente). crescer e descobrir seues própios fantasmas do passado, ter os própios monstros ibnteriores. e um dia, como você deve ter visto no aniversário de seus bisavós, vamos rir de tudo isso.
DOOON'T WORRY, BE HAPPY !
ps: na verdade, o mundo adulto sempre me encantou mais. não era daqueles que ansiavam por ser 'criança pra sempre'. é tudo sobre autonômia...
'por quê esses caras se estressam tanto com a demora das mulheres pra se arrumar ? por quê dizem que um relacionamento duradouro é tão complicado de se ter ? por quê diabos a palavra compromisso assusta tanto ?' é inevitável não rir agora, pois EU MESMO fazia todos esses questionamentos, EU não entendia, e hoje, compreendo-os CLARAMENTE. esses e tantos outros.
não sei como os filhos aguentam esperar pelas mães cada vez que precisam sair (quem sabe é por isso que eu sempre quis ser tão independente). talvez as crianças tenham uma leveza e um ar de despreocupação que deixa tudo 'no stress', do contrário, ficariam visivelmente irritadas exatamente como fico. nos relacionamentos tudo se explica comuma boa dose de experiência própria e um punhado de filmes e livros. acho que palavras como 'sempre' não deveriam em hipótese alguma serem usadas durante a adolescência, por quê sim,elas são hipócritas. são palavras,e só. pode até ser bonitinho e ajudar no romance, mas são fakes ;D .todos parecemos dizê-las, e não devemos nos culpar por isso. com o tempo,elas se tornarão verdadeiras...
li que não devemos dar tanta importância aos nossos 'amores' na adolescência, pois é hora de experimentar e se arriscar, pra não errar quando aulto (sim,foi em um livro de auto-ajuda). não é falta de um ar sentimental, romântico até sou, mas toda essa citação sobre namoros adolescentes não foi dita erroneamente. por mais que gostemos de alguém, e até achar que aquilo pode durar, taaaaantas vezes vai ser apenas um namoro adolescente, servindo pra você lembrá-lo quando adulto na piada feita antes da cerimônia de casamento.
sim,todos nós vamos nos tornar portadores dos mesmos hábitos que achávamos estranhos (provavelmente). crescer e descobrir seues própios fantasmas do passado, ter os própios monstros ibnteriores. e um dia, como você deve ter visto no aniversário de seus bisavós, vamos rir de tudo isso.
DOOON'T WORRY, BE HAPPY !
ps: na verdade, o mundo adulto sempre me encantou mais. não era daqueles que ansiavam por ser 'criança pra sempre'. é tudo sobre autonômia...
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
calculadamente arriscado,
quem não arrisca, não petisca (haha!). correr riscos, arriscar-se voluntariamente, faz-se necessário pra se ter um bom índice de vivência. cê aprende depois que erra e assim não erra de novo. ou pelo menos é assim que as coisas deveriam ser. mas algumas horas não dá pra ficar esperando as coisas acontecerem ao seu modo, deixar as coisas seguirem seu rumo seja como for, especialmente se elas estiverem erradas. cabe a você tomar uma decisãoassumir o controle e as consequências,e independentes das coisas seguirem o rumo esperado, você aprende, e leva isso pra próxima batalha, o próximo capítulo do livro.
começo a adotar um ideal de me arriscar, na verdade, meio que já o incorporei. prefiro assim, mas ainda persistem umas idéias de segurança que lutam uma guerra dos farrapos com a vontade de se arriscar.arriscar-se por nada é estúpido. esperar demais é histérico.
tudo em mim tende ao risco calculado. é quase uma utopia. um risco calculado não é um tiro no escuro, você já tem certeza de algo,logo,não é ao todo arriscado. foge ao significado da palavra. mas depois de tudo, não acho que sou daqueles que lhe interessam viver em uma incógnita. quem sabe falta coragem pra trocar 'segurança' pelo desconhecido. quem sabe é apenas mais uma idéia sensata.
começo a adotar um ideal de me arriscar, na verdade, meio que já o incorporei. prefiro assim, mas ainda persistem umas idéias de segurança que lutam uma guerra dos farrapos com a vontade de se arriscar.arriscar-se por nada é estúpido. esperar demais é histérico.
tudo em mim tende ao risco calculado. é quase uma utopia. um risco calculado não é um tiro no escuro, você já tem certeza de algo,logo,não é ao todo arriscado. foge ao significado da palavra. mas depois de tudo, não acho que sou daqueles que lhe interessam viver em uma incógnita. quem sabe falta coragem pra trocar 'segurança' pelo desconhecido. quem sabe é apenas mais uma idéia sensata.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
entre o 'certo' e o 'bem visto',
dilemas. todos estamos à mercê de momentos assim. à beira do precipício. o diabo entre a cruz e a espada. o clímax de séries teens com alguma decisãozinha pseudo-importante ou o romance mais seguro em comédias from the 80's. ou até os mais inseguros. fugir de casa a ser o substituto da família nos cargos de alto escalão da empresa. dilemas no perseguem no cotidiano, mesmo que com diferentes graus de intensidade e seriedade, e tudo o qe podemos fazer é conviver com eles em uma liderança pacífica. escolher a estrada mais curta ou a mais longa, e apenas, seguir.
eu tenho um idéia muito singular sobre opiniões próprias e as influências que os outros podem exercer sobre as mesmas. ningém muda opinião de Seu Ninguém, e digo isso grifado,sublinhado e em negrito. o que um alguém qualquer diz ao outro buscando uma mudança no ponto de vista do receptor é inteiramente inútil. opinião não se muda. pode-se até mudar a decisão num ato consecutivo, mas a opinião continua lá, no íntimo, resistente e inabalável como os quebra-mares. um alguém contra-argumentou com as seguintes palavras: e a ditadura?e Moisés? se ninguém é capaz de mudar opinião de ninguém, o que aconteceu com os escravos no Egito e com os basileiros durante o governo militar ? concordo que é um bom argumento, mas não mudou minha opinião (haha!). os escravos podem ter fugido, e os brasileiros lutado por tantos ideais, mas eles não deixaram de cogitar,em uma tarde qualquer, que se talvez tivessem ficado como estavam algo talvez tivesse mudado, ou se simplesmente nada marcante aconteceria. o ser humando é metamórfico, mas as opiniões são imutáveis.
aqui chego ao ponto central de tudo: cada vez ao ter que tomarmos uma decisão, ao estar cara à cara com dois caminhos, uma escolha a fazer, batemos de frente com o 'certo' e o 'bem visto'. o 'certo' seria o politicamente correto, co-relacionado aos princípios. o 'bem visto' talvez não seja o correto, e talvez não lhe agrade, porém parece uma opção viável diante de futilidades que talvez sejam dificeis de enfrentar. pode-se resistir à pressão, mas o questionamentozinho estúpido fica como um pergnilongo ao ouvido, importunando mais e mais: ora porra, o que 'eles' vão achar disso ? o 'eles' seria basicamente a tua rede de amigos. é um problema quando ela se estende imensamente. passo por isso ¬¬
tem horas que o 'certo' e o 'bem visto' se torna um saco. 'mentes fortes nunca serão quebradas', isso ROCKS ! e é exatamente assim que deve ser o lifeway...
'so you think you ca tell, heaven from hell, blue skies from pain ? [...] how i wish you were here...'
eu tenho um idéia muito singular sobre opiniões próprias e as influências que os outros podem exercer sobre as mesmas. ningém muda opinião de Seu Ninguém, e digo isso grifado,sublinhado e em negrito. o que um alguém qualquer diz ao outro buscando uma mudança no ponto de vista do receptor é inteiramente inútil. opinião não se muda. pode-se até mudar a decisão num ato consecutivo, mas a opinião continua lá, no íntimo, resistente e inabalável como os quebra-mares. um alguém contra-argumentou com as seguintes palavras: e a ditadura?e Moisés? se ninguém é capaz de mudar opinião de ninguém, o que aconteceu com os escravos no Egito e com os basileiros durante o governo militar ? concordo que é um bom argumento, mas não mudou minha opinião (haha!). os escravos podem ter fugido, e os brasileiros lutado por tantos ideais, mas eles não deixaram de cogitar,em uma tarde qualquer, que se talvez tivessem ficado como estavam algo talvez tivesse mudado, ou se simplesmente nada marcante aconteceria. o ser humando é metamórfico, mas as opiniões são imutáveis.
aqui chego ao ponto central de tudo: cada vez ao ter que tomarmos uma decisão, ao estar cara à cara com dois caminhos, uma escolha a fazer, batemos de frente com o 'certo' e o 'bem visto'. o 'certo' seria o politicamente correto, co-relacionado aos princípios. o 'bem visto' talvez não seja o correto, e talvez não lhe agrade, porém parece uma opção viável diante de futilidades que talvez sejam dificeis de enfrentar. pode-se resistir à pressão, mas o questionamentozinho estúpido fica como um pergnilongo ao ouvido, importunando mais e mais: ora porra, o que 'eles' vão achar disso ? o 'eles' seria basicamente a tua rede de amigos. é um problema quando ela se estende imensamente. passo por isso ¬¬
tem horas que o 'certo' e o 'bem visto' se torna um saco. 'mentes fortes nunca serão quebradas', isso ROCKS ! e é exatamente assim que deve ser o lifeway...
'so you think you ca tell, heaven from hell, blue skies from pain ? [...] how i wish you were here...'
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
provavelmente o primeiro post relacionado ao cinema (~)
'The Invisible' tinha tudo pra ser um filminho apelativo, mais um esquecido entre as fileiras de clichês adolescentes nas prateletiras das locadoras e motivo de crítica na minha mente pseudo-crítica, de quem julga poder comentar sobre Woody Allen só tendo visto um punhado de filmes. não deixou de ser um anto previsível, ou quem sabe minha mente de policial, treinada durante anos pelos romances de Sidney Sheldon e Sir Arthur Connan Doyle tenha descoberto o final sem tantos mistérios e rodeios. o fato é que 'The Invisible' não chegou a ser sucesso de bilheteria, e nem vai ficar famoso agora, mas algo me encantou na sensação de ser um zero à esquerda.
todos tem desses momentos, não um dia de cão, mas quando parece que as ações, por mais pensadas e (re)pensadas que sejam, vão apenas se acumular ao lado de tantas outras frustações. sensação de ser um zero à esquerda. ninguém se importa, ninguem percebe.vagando, e aquele olhar vazio não pede socorro. e mesmo se pedisse, who cares? desde que os gatos caiam de pé e a cafeína não acabe na sala do escritório tudo tá em perfeita sintonia. fock off serra leoa, paquistão e rocinha.
imagine que em meio à todo esse vazio ainda se misturem segredos, que você tem na palma da mão. é uma caixa de Pandora observar o íntimo daqueles que você só percebe por olhares trocados no fim do corredor. é como se um alerta de 'chega de camuflagem' piscasse insistentemente na cabeça de todos. e você pode descobrir tudo que está sob a superficie (superfluo).
admito que não sei por que vim escrever sobre um único filme, quando tantos outros bombardeiam minha mente com cenas clássicas, marcantes mesmo. mas é que a sensação de inutilidade e fragilidade da mente de uns tantos outros apareceu tão ben retratada nesse filme que me deixou um ar de..um ar de..de frustação em relação à como somos vulneráveis,e só.
'sem destino,nem objetivos, nós estamos vivos e isso é tudo, é sobretudo a lei, dessa infinita highway (8)
'The Invisible' tinha tudo pra ser um filminho apelativo, mais um esquecido entre as fileiras de clichês adolescentes nas prateletiras das locadoras e motivo de crítica na minha mente pseudo-crítica, de quem julga poder comentar sobre Woody Allen só tendo visto um punhado de filmes. não deixou de ser um anto previsível, ou quem sabe minha mente de policial, treinada durante anos pelos romances de Sidney Sheldon e Sir Arthur Connan Doyle tenha descoberto o final sem tantos mistérios e rodeios. o fato é que 'The Invisible' não chegou a ser sucesso de bilheteria, e nem vai ficar famoso agora, mas algo me encantou na sensação de ser um zero à esquerda.
todos tem desses momentos, não um dia de cão, mas quando parece que as ações, por mais pensadas e (re)pensadas que sejam, vão apenas se acumular ao lado de tantas outras frustações. sensação de ser um zero à esquerda. ninguém se importa, ninguem percebe.vagando, e aquele olhar vazio não pede socorro. e mesmo se pedisse, who cares? desde que os gatos caiam de pé e a cafeína não acabe na sala do escritório tudo tá em perfeita sintonia. fock off serra leoa, paquistão e rocinha.
imagine que em meio à todo esse vazio ainda se misturem segredos, que você tem na palma da mão. é uma caixa de Pandora observar o íntimo daqueles que você só percebe por olhares trocados no fim do corredor. é como se um alerta de 'chega de camuflagem' piscasse insistentemente na cabeça de todos. e você pode descobrir tudo que está sob a superficie (superfluo).

admito que não sei por que vim escrever sobre um único filme, quando tantos outros bombardeiam minha mente com cenas clássicas, marcantes mesmo. mas é que a sensação de inutilidade e fragilidade da mente de uns tantos outros apareceu tão ben retratada nesse filme que me deixou um ar de..um ar de..de frustação em relação à como somos vulneráveis,e só.
'sem destino,nem objetivos, nós estamos vivos e isso é tudo, é sobretudo a lei, dessa infinita highway (8)
Saudações you there,
esse post parece encaixar-se perfeitamente na categoria dos mais interessantes. Noite, céu até que estrelado, e sei disso pois escrevo agora no caderno ‘Fantastic 4’ do meu irmão, MADE IN BRAZIL, diretamente da varanda daqui de casa. Zero de hormônios de sono, pra quem acordou às 3 da tarde e foi dormir às 4:45 da manhã. Bastante vontade de escrever, ou ao menos lançar palavras a esmo. Tudo isso acrescido de uma lareira e uma xícara de café seria cena de algum filme undergound sobre um escritor falido ou em crise existencial, quem sabe Bill Murray, em ‘Broken Flowers’, mas uma BIC, meu copo de limonada e a poltrona da varanda já me bastam. Gosh ! Como eu gosto dessa poltrona ! Agora ela tem dois arranhões no braço eaquerdo, por onde eu arranco pedaços do tecido e jogo,todos amassados, aos pés da coluna na parede.
Paredes cor de salmão agora. Interior da casa,que costumava ser de um branco cor de gelo, agora é de um amarelo claro e rodapés pretos. Eu gostei disso, do amarelo e preto, não que se assemelhe à faixas de pedestre no asfalto. Sempre encontro a casa diferente. Um cômodo a mais, uma parede a menos, sempre algo muda entre os intervalos regulares que não passo por aqui, delimitados entre as férias de dezembro e um feriado em abril, e as férias de junho e um feriado em setembro. Na verdade, acho que a cidade no todo sempre muda, uma metamorfose frenética que mesmo assim não burla a velocidade da evolução numa cidade interiorana. Comigo é sempre a mesma coisa na chegada: um torpor de um sentimento que mistura frustração e alegria e um bombardeio de lembranças que chegam no ritmo do frenesi do que e de quem vejo pela janela do carro. Os rostos conhecidos, esses parecem surgir numa velocidade surpreendente na minha frente, como se aquele garoto estivesse ali pra me lembrar da briga na primeira série, ou aquela garota,que eu conhecia morena, aparecesse loira pra me lembrar daquela outra, dos meus tempos de batista. É divertido. É irônico. É nostálgico.
Olho agora em direção às arvores de jambo da casa da vizinha, que forma um coração com suas copas. Floriza, o nome da vizinha, esposa de Monteirinho, mãe de Evaldinho e Mitza. Engraçado cada nome que aparece (vide Peleba). As arvores sempre foram assim. E não parecem mudar, assim como o telhado da casa da esquina que eu sempre acho torto, com jeito de ‘cai não cai’, uma torre de Pisa. Voltando ao quesito arquitetura/engenharia, eu sempre quis que meus avós construíssem uma piscina na área do jardim. tem uma espaço legaaal, mas minha idéia nunca foi levada a sério. Quem sabe por que nela havia uma ponte que passava acima da água e ligava os portões ao terraço. Não seria bom arquiteto. Tudo resultaria em obras futurísticas,Tipo ‘Jornada nas Estrelas’. Quem sabe após algumas décadas em tanques de criogenia minhas idéias seriam melhor recebidas ;D . E após alguns milhões gastos em cursos de desenho,claro.
Minha limonada acaba, um grilo MONSTRO, tamanho extra grande, bate na minha cabeça e meu pé direito fica dormente. não que eu escreva com os pés, apenas estou com ele apoiado de mal jeito. Assistirei ’21 grams’ e tentarei dormir cedo, visando acordar cedo e postar tudo isso tão boring que eu formei com letras rabiscadas até o fim da folha...
Chico Carades.
P.S.: Sem deixa de saudar, é claro, Polialiah.
Paredes cor de salmão agora. Interior da casa,que costumava ser de um branco cor de gelo, agora é de um amarelo claro e rodapés pretos. Eu gostei disso, do amarelo e preto, não que se assemelhe à faixas de pedestre no asfalto. Sempre encontro a casa diferente. Um cômodo a mais, uma parede a menos, sempre algo muda entre os intervalos regulares que não passo por aqui, delimitados entre as férias de dezembro e um feriado em abril, e as férias de junho e um feriado em setembro. Na verdade, acho que a cidade no todo sempre muda, uma metamorfose frenética que mesmo assim não burla a velocidade da evolução numa cidade interiorana. Comigo é sempre a mesma coisa na chegada: um torpor de um sentimento que mistura frustração e alegria e um bombardeio de lembranças que chegam no ritmo do frenesi do que e de quem vejo pela janela do carro. Os rostos conhecidos, esses parecem surgir numa velocidade surpreendente na minha frente, como se aquele garoto estivesse ali pra me lembrar da briga na primeira série, ou aquela garota,que eu conhecia morena, aparecesse loira pra me lembrar daquela outra, dos meus tempos de batista. É divertido. É irônico. É nostálgico.
Olho agora em direção às arvores de jambo da casa da vizinha, que forma um coração com suas copas. Floriza, o nome da vizinha, esposa de Monteirinho, mãe de Evaldinho e Mitza. Engraçado cada nome que aparece (vide Peleba). As arvores sempre foram assim. E não parecem mudar, assim como o telhado da casa da esquina que eu sempre acho torto, com jeito de ‘cai não cai’, uma torre de Pisa. Voltando ao quesito arquitetura/engenharia, eu sempre quis que meus avós construíssem uma piscina na área do jardim. tem uma espaço legaaal, mas minha idéia nunca foi levada a sério. Quem sabe por que nela havia uma ponte que passava acima da água e ligava os portões ao terraço. Não seria bom arquiteto. Tudo resultaria em obras futurísticas,Tipo ‘Jornada nas Estrelas’. Quem sabe após algumas décadas em tanques de criogenia minhas idéias seriam melhor recebidas ;D . E após alguns milhões gastos em cursos de desenho,claro.
Minha limonada acaba, um grilo MONSTRO, tamanho extra grande, bate na minha cabeça e meu pé direito fica dormente. não que eu escreva com os pés, apenas estou com ele apoiado de mal jeito. Assistirei ’21 grams’ e tentarei dormir cedo, visando acordar cedo e postar tudo isso tão boring que eu formei com letras rabiscadas até o fim da folha...
Chico Carades.
P.S.: Sem deixa de saudar, é claro, Polialiah.
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