Tenho uma opinião bem singela sobre a poesia. Acho linda a disposição das palavras de quem sabe lidar com as mesmas, um eu-poético por natureza. O que acontece é que eu vejo da seguinte forma: quando lemos uma poeisa de um GÊNIO, autores eternos (entre meus prediletos, José Saramango e Álvares de Azevedo) vemos que toda aquela obra é pra sempre, tem um ar de poesia mesmo, mas quando lemos uma poesia de 'pessoas comuns' (eu, você), por melhor que seja, eu sempre penso 'é, uma boa , mas não algo genial'. Talvez seja por isso que eu não me arrisco com tanta frequência nesse mundo de metáforas.
Mas, em digna homenagem aos momentos que me aventurei, exponho duas. Uma 'romanticamente triste' e uma 'supostamente feliz'. Um Curinga.
Te quiero com lemón
Xícaras de cafeína com marcas de batom
Da boca que não provei um 'adeus'
À belprazer, não chego a ver
Pois com o fim da madrugada
Vão-se as gotas d'orvalho dos ventos meus
Vai-se você
Peno em acordar
Travo guerras e batalhas
Melho paralisar
A cair no mundo sem asas
Decido-me: não levantarei
Anseio por esperar
Quando sorrateira adentrará em meu quarto
Com as chaves que eu mesmo lhe dei
Chaves elas, que por magia só parecem funcionar
Ao escurecer
Não destrancando portas durante o dia
Só a do meu coração
Essa, eternizar-se-á límpida
Figurante em noites escuras
Como as gotas d'orvalho
Maré do tempo
Vamos todos poetizar!
Emaranhar frases no ar
Misóginas palavras dizer
Pouco a ganhar, mas nada a perder
Temos vida, temos história
Ações espertas e estúpidas
Olhares fugazes e lágrimas à pino
Tudo na mente, horror e bonança
Ora, todos não temos nosso livro de lembranças?
No passado mofado
Um aspirador de lembranças
Relembrar o que marcou
(Torpor que percorre quem sou)
Associar alguém à um mágico momento
Mandar-lhe beijos ao vento
O presente proferir em eterna descrição
A na boca narrativa, um sorriso em ascensão
Os pés formigando, mente em profusão
À mil por hora, correr na contramão
Vislumbrar rostos céticos na rua
Tocar a face da lua
O futuro, uma seqüência
Que virará presente, virará passado
Válvula de escape, nossa fuga fugaz
Com olhos brincalhões esperar o melhor
Com mãos apresadas peseguir nossos insights
Antes que o despertador toque e percamos o bom humor
Humor dos sonhos, onde o que queremos, somos
A família modelo, promoção no emprego
E, se porventura nada der certo
Virar charlatão com filosofia de boteco!
As outras (pior: existem outras) continuam reservadas à sete chaves em um arquivo-fantasma. :*
11 comentários:
desculpa mais voce vai intender pq to escrevendo isso depois q ler
http://fodasticosdanet.blogspot.com/
o post do emy blog ;)
Pô blog legal!!!Parabéns!!!
Não foi citado nesse post a mais memóravel frase : Princesinha do mundo da imaginação.
Isso sim é poesia.
Belas poesias... mais pra ti fla a verdade ... eu ja curti muito poesia..ate escriva muitas pra minha namorada.. hj ja ñ tenho muita paciencia..nem sei pq..
mais ainda adimiro alguns poetas...
Pow, cara, valeu por ter passado lá e comentado espontaneamente assim.
Meus escritos tão sempre ai, uns melhores, outros piores, mas sempre falsamente metalinguisticos.
Abraço
muito bom seu blog
parabéns
vou linkar no meu
abraços
poesia legal!!!
Parabéns primo
Suas poesias como sempre ótimas
Dei uma passada pra me atualizar no seu
O meu faz séculos que não escrevo
Talvez um dia...
Abraço :*
'é, uma boa , mas não algo genial'
haoihahoisohiaohisa
to brincando, gostei muito :)
sou amiga da roberta sim, e aquela foto era do google e é feia ;(
:*
Pra tudo existe um começo... Saramago e Álvares de Azevedo não nasceram velhos e profundo conhecedores da metáfora poética... Não que um dia venha a se tornar um, mas que não necessariamente não se tornará.
Gostei bastante de seus versos, em especial o segundo (Maré do Tempo), pois a temática me agrada mais. Apesar de com certeza não tê-lo entendido 100%, me agradou a meta-linguagem inicial, seguida pela descrição do tempo em suas formas (passado, presente e futuro) e como é base para nossas ambições, sonhos, medos, prazeres, etc.
Não poderia de deixar de lado o humor final: "E, se porventura nada der certo
Virar charlatão com filosofia de boteco!"... Mais real, impossível..
Parabéns pelas estrofes
Aliás, após grande período de tempo sem postagens, finalmente postei um texto. Convido-lhe, novamente, a miar como um cão...rs
http://www.auquemia.blogspot.com
Esses calouros de hoje em dia estão cada vez mais intelectuais. Ah, e tenho um carinho especial por vocês da T91, nem sei pq, mas tenho.
E os poetas ditos gênios já foram de carne e osso... E várias biografias mostram causos que se muitos soubessem, ficariam boquiabertos, haha. E meu comentário tá bobo, mas gostei mesmo do blog, só que nunca sei o que comentar, comento pouco ou quase nunca... =)
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